14.10.09

Num tempo, fui confortavelmente jovem e tudo era colorido. Os dias, as pessoas, as folhas das árvores em que me prostrei, Me perdi, com a vista embassada pela covardia. Meus temor nunca foi de ser incapaz, mas de me tornar verdadeiramente grande e a responsabilidade que isso implica. Dói... Toda escolha dói.Só temos que escolher as dores que melhor nos cabem.
Então, o tempo passou. E me tornei algo que não cumpriu sua função, que debandou para a dúvida. É preciso fortalecer para comunicar claramente as coisas. Eu preciso não temer alguns embates para fugir daqueles que realmente me atormentam.
Preciso sair daqui.
Por que não posso mais me comunicar dessa maneira tão vulgar, quero clareza produtiva. Eu quero o amor próprio do encontro que flui. Preciso me tonificar, me arquear sobre o mundo...
Eu sou a mentira, lutando para ser mais do que simples lenda.
Você entende?
Você não é aquilo que acredita, mas o que faz com aquilo que acredita... Eu fiz nada. A minha fé, frívola, vulgar, inquieta... Deslisou... e eu esqueci como era aquecer o coração com fé. Ter o peito acalentado pelo sentimento de que pode ser... pode ser que dê certo.
Eu não estou mais entendendo.
Para onde vai?
Ah, meu querido...
Seremos mais do que meras palavras?
Inclusive aqui, nessas cartas?
O que é nosso nas palavras?



Não pude esperar resposta.

Agora espero.

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