Assim gritaria, sólida, uma de minhas personagens. Mas eu, não. Eu permito que assim se dê o banquete: interessados em sofrer, cá estou, apiedem-se! Como me cansam as colinas da vida, subir, descer, subir, descer... como um carrossel macabro.
Esqueça minha mãe, esqueça!!!! Por que eu procuro esqueçê-la! Procuro não dar de venta com ela e ter que lhe explicar e ter que alimentar, de minhas próprias carnes, o anseio maternal não-terapeutizado.
Como bem pôde perceber pelo envelope, mudei-me. Estou morando, por hora, na praia. Ares de saúde me farão bem. Aqui, se eu surtar, terei o mar pra quebrar em minhas costas e a carícia silenciosa da areia.
Ora, foda-se! Quem precisa das lógicas, das formas, do trânsito, dos problemas socio-economico -psico-culturais? Quem precisa do dióxido de carbono? Eu escolho oxigênio, hélio... Agora me veio a professora do colégio e a fundamental importância do carbono. Dei de me desfazer das coisas da juventude.
Não espere por mim, não espere que eu aja para saber que respostas se dá. Crie suas próprias perguntas, vasculhe seu baú tenebroso de quinquilharias egóicas. Não conte comigo como ação por que sou, pelo meu próprio conceito, desordem.
É por querer ser mar que as lágrimas salgam-se.
Abraços.
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